Poema de Carlos Drummond de Andrade
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Atriz
Atriz
A morte emendou a gramática.
Morreram Cacilda Becker.
Não era uma só. Era tantas.
Professorinha pobre de Piraçununga
Cleópatra e Antígona
Maria Stuart
Mary Tyrone
Marta de Albee
Margarida Gauthier e Alma Winemiller
Hannah Jelkes a solteirona
a velha senhora Clara Zahanassian
adorável Júlia
outras muitas, modernas e futuras
irreveladas.
Era também um garoto descarinhado e astuto: Pinga-Fogo
e um mendigo esperando infinitamente Godot.
Era principalmente a voz de martelo sensível
martelando e doendo e descascando
a casca podre da vida
para mostrar o miolo de sombra
a verdade de cada um nos mitos cênicos.
Era uma pessoa e era um teatro.
Morrem mil Cacildas em Cacilda.
Fonte: Carlos Drummond de Andrade
ID: 922
Últimos Poemas
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A flor
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Quantas vezes
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Sonho 2
Cantadas: Há muito tempo que vinha sonhando com você todas as noites. E no final do sonho você sempre me escapava. Mas agora eu entendi sua estratégia e aplaudo. Você me deixou cada vez mais louco por você no sonho, para um dia aparecer na minha vida e ser minha de verdade....
Canção Excêntrica
Cecília Meireles: Ando à procura de espaço
para o desenho da vida.
Em números me embaraço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
protejo-me num abraço
e gero uma despedida.
Se volto sobre meu passo,
é distância perdida.
Meu coração, coisa de aço,
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.
Já por...