Um amor para recordar
Amor: Em minha alma há uma bela canção
Que há tempos eu tento expressar
Com palavras também
E me vejo num frio sem fim
Mesmo assim posso ouvir
sua voz entoando outra vez
Então eu vou me repousar
E ergo as mãos ao céu para orar
Pra que eu seja sempre seu
Pra que eu seja sempre seu, pois sei que...
O Milagre do Amor
Amor: O amor é um milagre
que não acontece todos os dias...
Ele chega sem avisar,
nos toma a maior parte do dia
e quando chega a noite,
ele queima por dentro da gente.
O amor nos dá asas,
nos faz acreditar na liberdade,
nos faz acreditar que é possível,
que alguém,...
Certas coisas
Affonso Romano de Sant'ana: Certas coisas
não se podem deixar para depois.
Muitos poemas perdi
pensando: "depois escrevo",
"agora estou almoçando"
ou "consertando a porta".
Assim, adiei - perdi
o melhor de mim.
Certas coisas
não podem deixar para depois,
e nisto incluo; frutos no galho,
mudanças sociais,
certas coxas e bocas
e esta manhã que se esvai.
Certas coisas
não podem deixar para depois
o amor não se adia
como se...
Adivinha
Paixão: Adivinha
Porque estou aqui,
E porque meu sorriso é verdadeiro!
Adivinha
Porque atropelo as palavras
Quando falo com você!
Adivinha
Porque tropeço ao caminhar com você me olhando,
O porquê fico o tempo todo olhando em sua direção.
Adivinha
Porque você só me pega escrevendo
O seu nome em meu caderno!
Adivinha
O porque sempre quando eu te vejo
Digo que sonhei com você!
Adivinha
Porque adoro...
Mais um
Reflexão: Na organização social adotada pela grandiosa maioria das nações do mundo inteiro, quando o poderoso opressor tem o comando de tudo, ter títulos, diplomas, pós e doutorado e ainda ter competência, desempenho, saúde, disposição e vontade significa absolutamente que o oprimido é apenas MAIS UM.
MAIS UM chega com seu currículo, ganha...
Dia de chuva
Cecília Meireles: As espumas desmanchadas
sobem-me pela janela,
correndo em jogos selvagens
de corça e estrela.
Pastam nuvens no ar cinzento:
bois aereos, calmos, tristes,
que lavram esquecimento.
Velhos telhados limosos
cobrem palavras, armários,
enfermidades, heroísmos...
quem passa é como um funâmbulo,
equilibrado na lama,
metendo os pés por abísmos...
Dia tão sem claridade!
só se conhece que existes
pelo pulso dos relógios...
Se um morto agora chegasse
àquela porta,...